" E assim, é como estão vendo, todos sofrem por causa de quê?
Por causa das aparências.
Sendo as aparências, a causa das ruínas de todos.
Mas o pensamento assim fez e criou para lapidar todos o mais depressa possível,
por o sofrimento ser o maior mestre lapidador.
Quanto mais sofrido, mais lapidado.
Quanto menos sofrido, mais embrutecido.
Então o pensamento formou e criou todo esse estado lapidador, do animal que sempre viveu mal,
por ser animal,
mas aparentando sempre bem.
Da aparência nasceu a vergonha.
"_Ah! Eu tenho vergonha de andar assim, tenho vergonha de andar assado, tenho vergonha de ir acolá assim."
Das aparências, nasceu a vergonha.
Da vergonha, nasceu a vaidade.
Da vaidade, nasceu a ambição.
Da ambição, nasceu a inveja, nasceu o despeito, nasceu a prosa, nasceu a arrogância, nasceram todas as ruínas culminando para a destruição de todos, para a lapidação de todos.
Nasceu o ciúme, nasceu a cobiça, nasceram os crimes de toda ordem, devido a ganância e a ambição, para aparentarem o que não são.
Tudo isso, formação do pensamento para lapidação de todos, o mais depressa possível.
Está aí uma das causas de serem assim como são, que não sabiam o porquê que asim são.
E por isso, nas aparências, estão o conjunto de ruínas reunidas para lapidação e destrição dos seres.
A inveja, todos querendo imitar uns aos outros em tudo.
Todos querendo ser grandes, todos despeitados em ser pequenos, se achando humilhados por ser pequeno.
E daí, as confusões reinantes sem cessar.
Se é pequeno quer ser grande.
Se é grande, quer ser maior ainda, e quanto mais tem, mais quer, e todos assim insaciáveis em tudo e o desequilíbrio destruindo tudo."
UNIVERSO EM DESENCANTO
vol." 24º Histórico"
págs. 32/33
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