domingo, 25 de dezembro de 2011

Garimpando Luz





As relações humanas são esculpidas como as pedras. 
Sob o sol, a chuva, o vento, a dificuldade. 
Lapidados nos encontros e suas consequências.


Meu pai era garimpeiro. 
Quando criança não me orgulhava desse fato. 
Hoje me replico em meu pai. 
Descobri que também sou garimpeira.


Herdei o apetite de descobrir preciosidades em meio às rochas.
Resgatar as virtudes fundidas no asco de nossos defeitos.
Fazer a alquimia.


Cada aparelho desperto, cada raciocínio liberto... 
é um diamante garimpado.
Eu e meus irmãos acumulando nosso tesouro.
Hoje estou rica.


Saber o caminho, 
vislumbrar a luz que purifica, 
transmutar a dor em paz.


Cumpro a sina de meu pai.
Garimpo a preciosidade de Deus no imundo da vida.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O cético e o lúcido

Bom dia queridos leitores =)

Recebi hoje essa mensagem das minhas amigas Nágea e Iranides e achei tão linda e esclarecedora que resolvi repassar no blog e encaminhar aos meus contatos.

Um dia Iluminado!

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  A comparação entre a vida após a "morte" e a vida após o nascimento é simplesmente maravilhosa!
 
O CÉTICO E O LÚCIDO ...
 
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
 
- Você acredita na vida após o nascimento?
 
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
 
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
 
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
 
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento
está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
 
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
 
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
 
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
 
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
 
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
 
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
 
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A fórmula do êxito - desenvolvendo o raciocínio





Para ter sucesso num negócio, você precisa se especializar em um dado produto ou serviço, para um determinado cliente, e depois fazer tudo com perfeição.
Uma das razões básicas para o fracasso de qualquer negócio é a falta de foco.”

Brian Tracy
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Boa noite leitores!


O texto de hoje tem um foco: a importância da leitura diária, administrando da melhor forma o tempo disponível para alcançar metas


Todos nós, estudantes da Cultura Racional temos um objetivo bem determinado: alcançar a Imunização Racional. Atingir esse estado sublime tão almejado pela humanidade há milênios, que é a capacidade de estar plenamente em Deus ainda na vida material, vivenciar a paz e a sabedoria diariamente, mesmo estando em um mundo turbulento e desequilibrado. 


            É um desafio audacioso e como tal, necessita de muito investimento, trabalho e dedicação para sua realização. Como diz a célebre frase “Sucesso = 10% de talento + 90% de suor.” E qual é o nosso maior trabalho, colegas aspirantes à Aparelhos Racionais? Claro, a LEITURA DOS LIVROS UNIVERSO EM DESENCANTO. Não que teremos que fechar a nossa mente para outros autores ou nos isolarmos em um mundo branco e asséptico, iludidos que horas de leitura sejam proporcionais à maturidade Racional. Não, de forma alguma. Vivemos em mundo imperfeito, SOMOS SERES IMPERFEITOS, e a irregularidade faz parte da nossa natureza. Mas precisamos nos especializar. 


            Frases de efeito, reflexões e argumentos que estimulem a nos aperfeiçoarmos, a tornamo-nos seres mais equilibrados existem aos milhares, no entanto, conseguir colocar em prática tantas aspirações é “que são elas”. E aí é que está o diferencial da Imunização Racional. Quem estuda, quem lê todos os dias e, de preferência, numa quantidade mínima de 3 (três) horas diárias sabe que a vitória sobre as próprias deficiências psicológicas e emocionais acontecem. Sólidas, reais e de forma extremamente natural. Como conseqüência, conseguimos um maior controle sobre nossas atitudes, erramos menos e, portanto, sofremos menos! Tão óbvio, mas tão difícil de se concretizar quando não nos conhecemos e o pior, quando não temos a disciplina necessária para fazer valer o que já conhecemos e já temos em mãos: o Livro!


            Recordo-me que quando comecei a ler a coleção Universo em Desencanto tinha uns 14 anos, mas no princípio tinha muitas dúvidas, conflitos e abandonei os estudos. Fiquei cerca de um ano batendo cabeça com os meus questionamentos. Quando a ficha caiu e vi que era naquele livro “estranho” e “chato” que estava a fórmula para eu conseguir concretizar a minha paz interior, passei a ler todos os dias. Nem que fosse 2, 5 páginas, na hora que estivesse indo para a escola ou na fila do banco. Mas uma coisa me incomodava, a insistente repetição: leia e releia; quanto mais horas melhor; o melhor passeio, a melhor distração é o livro na mão. Pensava com meus botões: “Puts! Tenho que tomar cuidado com isso, parece lavagem cerebral.” E aí eu fazia justamente o contrário do que ele pedia, a minha resistência aliada à minha preguiça me colocaram em recuperação escolar constante. Fiquei cerca de um ano em dependência no meu curso de Cultura Racional. E sabem por que? Falta de horas estudadas. O mínimo para se passar em qualquer curso no “artifício”: freqüência. Fico impressionada como nós, estudantes da Cultura Racional, enchemos a boca para alardear: “Cultura Racional não é seita, doutrina ,religião, é um conhecimento natural da Natureza, um estudo do nosso ser.” Mas não fazemos o que falamos, ou seja, NÃO ENCARAMOS A CULTURA RACIONAL COMO UM ESTUDO, COMO UM CURSO, que necessita de um nº mínimo de freqüência e de horas em sala de aula para a sua conclusão! Aí acabamos por não sabermos nos expressar, não conseguimos equilíbrio para lidar com as dificuldades e geralmente nos irritamos quando somos questionados ou debatidos sobre o conhecimento. Moral da história: acabamos por nos comportamos pior que qualquer fanático religioso, jogando a tão falada “diplomacia Racional” no lixo. E ainda enchemos a boca para falar: “não é religião...”


            Qualquer curso nível médio, técnico ou universitário, necessita do número de horas em sala e também de atividades complementares obrigatórias (ACO) ou de horas de estágio. Com a Cultura Racional não é diferente. Além de ler e ler, estudar, pesquisar, precisamos divulgar, colaborar, colocar em prática o que aprendemos. Nunca perdi as oportunidades que a Natureza me deu. Sempre que possível, divulguei e divulgo, de porta em porta, em praças, com a banda, na internet, no bate papo descontraído ou em qualquer fila que eu tenha que encarar. No começo era uma divulgação mecânica, repetitiva, que intimidava as pessoas (tipo: ih.. lá vem aquela "fanática"... ops.. Juliana, a estraaanha, toda de branco com aquele “livro” na mão. MEDO!) Depois, com o tempo e a persistência na leitura (Graças!) a gente adquire mais maturidade e compreende que muitas vezes uma divulgação mais gentil, sutil e conciliadora é muito mais apropriada. Como o Racional Superior diz em um livro do Histórico: Divulgação são poucas palavras, mas eficientes. Também sempre procurei colaborar nos eventos Racionais em que já participei. Tudo isso ajudou muito no meu amadurecimento. Mas somente a leitura me deu e me dá a sustentação necessária para encarar os desafios que a vida me impõe e levar com muito bom humor todas as lapidações que são necessárias ao meu crescimento.


            A Cultura Racional já existe há quase 80 anos. O Racional Superior nos deu a ferramenta para sermos especializados, termos excelência no nosso maior empreendimento: o desenvolvimento do raciocínio. É preciso termos o foco nesse essencial. Não importa se o estudante A ou B está certo ou está errado. Se a conduta de fulano ou cicrano nos agrada ou não. Se o que o livro nos fala parece muitas vezes tão difícil de alcançar. O importante é saber aonde queremos chegar: A imunização Racional. E com isso pautarmos nossa trajetória com muito trabalho e paciência e, principalmente, não nos dispersarmos com questões menores. Quem contempla a confusões, mais confuso fica! Se ficarmos cacarejando qual galinhas sobre os erros materiais inerentes a todos nós, nunca veremos a grande águia que há em cada um de nós. Esse é o segredo do sucesso para qualquer bom profissional, se não conseguimos fazer o mínimo dentro da mecânica material, como queremos alcançar a nossa meta final que é o Mundo Racional? 



“ Tudo depende de você mesmo, desenvolvendo o seu raciocínio, acabam as choradeiras, os embaraços, as aperturas, as dificuldades e os problemas da sua vida. Com o raciocínio desenvolvido não há obstáculos que não sejam desenvolvidos.


E por isso tudo depende de você mesmo em fazer por onde para o desenvolvimento do seu raciocínio. Sendo poucas horas, o raciocínio se desenvolve pouco e lendo muitas horas, o raciocínio se desenvolve muito.  

 Para solução de sua saúde, depende do desenvolvimento do raciocínio, que a Energia Racional pura, limpa e perfeita resolve os problemas de saúde. Para ver que sofre na Fase racional quem quer.”

 Livro Universo em Desencanto, vol. 203º Histórico, Pág. 117


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“ Mas, por não saberem ainda argumentar, é o que está fazendo todos custarem a aceitar, porque pensam que é uma cultura vulgar. (...)


A argumentação de todos até hoje tem sido muito fraca, e por ser fraca, não cria o interesse em todos, de saber que é uma coisa do interesse de todos, para tirar todos dessa situação de que estão, sofredores e mortais, sem saberem porquê. 


É preciso muitas horas de estudos para assimilar tudo o que estudou, para saber invadir o íntimo de todos e, pelas expressões ditas, fazer sentir no íntimo de todos, que todos tem necessidade e obrigação de conhecer o que é a CULTURA RACIONAL para o seu verdadeiro bem eterno.


Falar todos falam, mas é preciso saber falar, porque sabendo falar, demonstra a grande necessidade de todos que estão ouvindo conhecer a CULTURA RACIONAL, para se valer e para amenizar todo o mal da humanidade.”

Livro Universo em Desencanto, vol. 249º Histórico, Págs. 105/107

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Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e persistência.

Henri Ford





segunda-feira, 26 de setembro de 2011

“Ver, ouvir e calar,se vive bem em qualquer lugar...”



“É bicho, e o bicho quer é falar.
 E deixa o bicho falar até cansar, porque quem vai contra a verdade, vai contra si mesmo e, quem vive contra si mesmo, vai se destruindo.
Então deixa o bicho falar até cansar.
Quando cansar, o bicho para de falar daquilo que não sabe, que não conhece e não sabe com quem se mete.
Porque todo bicho tem expansão de liberdade para falar o que quiser.
E não´é falando o que quiser que o bicho vai embargar a evolução natural da natureza (...).
E quem tem boca, planta o que quer plantar (...)
Quem planta união, colhe união.
Quem planta a desunião, colhe a desunião. 

Livro Universo em Desencanto - volume 229 Histórico, págs. 44,45.

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“Porque, quem é Racional, não se contraria nem se aborrece por coisa nenhuma, porque se sente feliz, felicíssimo, em voltar a ser o que era: Racional puro, limpo e perfeito.

E por isso, quem é Racional, não dá importância a bobagens de ninguém, porque sabe que está com a sua felicidade eterna garantida.”

Livro Universo em Desencanto - volume 223 Histórico, págs. 108.

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Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo.
Pois todos tropeçamos em muitas coisas.

Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo.

Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo.

Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.

Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas.

Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia.

A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno.

Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem a pode domar.

É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal.
 
Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procede bênção e maldição. 

Não convém, meus irmãos, que se faça assim. 

Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?

Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos?

Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce.

Quem dentre vós é sábio e entendido?

Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria.

Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis,
 nem mintais contra a verdade.

Bíblia Cristã - Tiago 3:1-14


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"Muitos caíram pelo fio da espada, porém mais foram os que caíram por causa da língua."

(Textos Bíblicos)

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"Quem é Racional está com os bons e está com os maus, porque quer o bem de todos.

Quer o bem dos maus e quer o bem dos bons.

É em favor de todos e de tudo.

Racional só constrói, não destrói.

Quem é Racional não vive contra ninguém."


Livro Universo em Desencanto - volume 279 Histórico, págs. 105,106.

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ouro de Tolo





música Ouro de Tolo - Raul Seixas

E por que a vida ficou formada assim, entre os viventes?   Por
estar a vida e os seus pertences, todos em dúvidas, nascendo então,
pelas dúvidas, os métodos das conquistas. Então, diz o vivente: "-Se
eu conquistasse aquilo, estaria bem; se eu conquistasse aquilo outro
estaria feliz; se eu obtivesse isto, a vida seria outra." O vivente
conquista tudo isso e não se sente feliz. Por quê? Porque vive na
incerteza.(...)

Sim, porque tudo enjoa; o passar bem enjoa, o
passar mal também e o que enjoa não presta.

Tudo enjoa: passeios, viagens, tudo aquilo que o vivente possui, que só é bom, enquanto não está na posse do vivente; depois, passa a não ter mais valor e o vivente, com o tempo, põe para um lado, porque tudo é bom enquanto não enjoa e tudo na vida é assim.

Uma roupa nova, enquanto não enjoa, é vestida sempre e depois, posta para um canto, porque o vivente não quer mais aquele feitio, aquela cor. E assim é tudo, para todos os viventes de ambos os sexos.

Portanto, não há como a vida pacata, com preocupações, mas que não consomem;
preocupações tolerantes, suportáveis.

UNIVERSO EM DESENCANTO - 1 vol. da Obra - pág. 95

Leituras complementares

Matéria publicada no Jornal da Cidade de Bauru em 04-09-11:
Autoestima: cartão de crédito não é divã 
É grande o contingente de pessoas com problemas emocionais na lista dos endividados por carência e ansiedade  





domingo, 4 de setembro de 2011

Sabedoria do Tempo...




Eclesiastes 3


Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;

Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;

Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?

Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.

Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.

Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;

E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.

O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.

Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.

Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.

Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.

Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.

Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.

Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?

Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

sábado, 3 de setembro de 2011

A simplicidade sublime de minha avó – reflexões sobre a vida e a morte



Mãe, a força que gera, que cuida, que guia, que ampara. Presente em nossos sentimentos mais profundos, sua capacidade de doação e ao mesmo tempo desprendimento nos ensina o manual da vida. Sim, por que quem no mundo é capaz de doar suas células, seus nutrientes, seu espaço, tempo e energia por algo que ainda nem existiu mas que virá a ser, graças à esse alento. No entanto, após tantos cuidados, amor e doação, os filhos crescem, criam asas e seguem seus destinos enraizando suas próprias histórias. Muitas vezes bem longe, além do plano material, apartados pela morte. Intrigante, hem? Parto e apartar. Duas palavras tão próximas e que representam momentos tão distantes... ou não? Nascer e morrer. As duas faces de uma mesma moeda.

Reflito sobre isso porque nessa última semana meu arquétipo mais real, amoroso e próximo de mãe sofreu um duro golpe de desprendimento.

Minha vó... minha Percília...minha Nina... apartou-se de seu primogênito em um trágico acidente de carro neste domingo, 28/08/2011 (http://migre.me/5Ch61). Não foi fácil ver sua dor, o momento em que a notícia lhe cortou a alma e a negação da realidade era o seu único apoio. Naquele instante percebi que nem um abraço ou um olhar que lhe dirigíamos tinha significado, quanto mais as palavras. Apenas aquele choro pungente, cavado na perca, significava algum consolo. Apartada de sua cria, vi na dor de minha avó o quanto a maternidade é um espelho da vida.

Com exceção dos casais que planejam, a grande maioria dos filhos nascem mesmo é de gravidezes indesejadas (http://migre.me/5Che0). Eu mesma, sou fruto de uma pílula mal contada, zigoto atrevido que resolveu mudar os rumos dos sonhos e projetos, até então, de meus pais. Portanto, se nascer e parir não é algo tão desejado, quanto mais morrer e apartar. A vida é o campo das contradições aonde sofremos por sempre querermos e não podermos. Não desejamos aquele filho, mas a partir do momento em que a dependência do ser tão frágil nos cativa, nos aprisionamos de livre e espontânea vontade em suas limitações e problemas. E após tantos esforços uma hora, em algum lugar do tempo, chega o momento da entrega. E aí já não queremos devolver... mas, não podemos mais segurar.

Moral da história: Quanto mais queremos lutar contra as leis da Natureza, quanto mais nos revoltamos com seu poder, mais cavamos sofrimentos desnecessários, dificultando ainda mais a vida. É como a maré, sempre contra a maré, dentro do mar revolto. Naufragar é o destino.

Minha avó é um exemplo de resignação. Dizem que nenhum filho deveria morrer antes dos pais. Meu tio foi o segundo fruto que minha vó perdeu em menos de dois anos. Em dezembro de 2009 minha tia Sirley faleceu após seis meses de luta contra um câncer no pulmão. Depois disso, em dezembro de 2010 minha avó apartou-se de sua mãe Margarida, de quem ela ajudou a cuidar durante os sete anos em que ela convalesceu numa cama. Sagrada em sua missão, aos setenta e dois anos,o maior desgosto, o momento em que via minha vó reclamar era quando não podia ir, aos sábados, zelar por sua mãezinha. Dar-lhe o banho, alimentá-la, tratar das feridas causadas pela imobilidade. Eram ações feitas com tanto carinho, regadas por palavras doces, que o meu amor pela minha avó se abastecia apenas em observá-la nos gestos simples, mas fundamentais, que ela dedicava à minha bisavó.

Viúva logo cedo, com quatro filhos pequenos para cuidar, minha vó não permitiu que a depressão ou o desespero se instalassem em sua vida. Sua terapia sempre foi o trabalho, o limite da sua pobre condição financeira também não deu espaço para grandes lamentos. Trabalhando de servente, lavando e costurando para fora nas horas vagas, minha avó criou minha mãe, meu tio e minhas duas tias com firmeza de caráter, humildade, generosidade e amor à vida. Características tão marcantes em sua personalidade que se eu conseguir realizar ao menos dez por cento de suas virtudes em meu cotidiano, dou me por demais de satisfeita.

Através da maternidade de minha avó, assimilei a maternidade da Mãe Natureza. Uma mãe verdadeira, ajustada ao natural, não discrimina um filho por motivo algum. Meu tio era um homem público, seu velório emocionou a cidade (http://migre.me/5Ci7n). Minha tia era uma mulher simples, do povo. Mas ambos eram únicos. A dor da despedida da minha tia foi administrada aos poucos, nos duros meses em que ela definhou paralisada numa cama, consumida pelo câncer. A dor da perca do meu tio foi em dose única, potencializada pelo choque do acidente, do instante em que o destino se desvia. E sob ambas as mortes, a profunda dor da minha avó foi igual. Não importou a história de vida de cada um ou o modo de partir. Assim como ambos eram únicos, a dor foi única. Por isso, para a Mãe Natureza não importa a religião, a cor ou a classe social que tenhamos. Ela nos alimenta, nos dá o sol, a água, o ar, que compartilhamos, sem distinções. Então, por que queremos sermos melhores uns do que os outros por motivos tão fúteis, se mesmo pelos essenciais, somos iguais? Até quando vamos continuar nessa cegueira? Humildade, essa é a chave da resignação.

Hoje estive com a minha avó. Eu e meu primo fomos levá-la ao banco, algo banal, cotidiano em mais um mês. Mulher sábia, não deixou a perca pesá-la. Encontrava os conhecidos e relatava a sua dor, mas ao mesmo tempo, em nenhum momento, deixou de dar uma boa tarde e um sorriso gentil a quem cruzou o seu caminho. Sobre suas chinelas havainas surradas (“é pra não disperdiçá, fia!), guardando seu dinheiro em sacolinha de supermercado (tem que disfarçá, por causa dos ladrão, aprende Jú...”) minha vó me entregou um tesouro. Um momento de amor. Pariu e apartou... assim se foi o instante... mas a sua simplicidade amorosa já faz parte de mim, é eternidade que me faz ir além do aparente fim.


Juliana Barros
Rondonópolis/MT, 02 de setembro de 2011.

* Este texto é uma homenagem à minha vó, à minha mãe e aos meus familiares. Raízes de minha história.



Leituras complementares

Livros que estou lendo atualmente e que me ajudaram a refletir sobre esse meu momento:

  1. Universo em Desencanto (Diariamente - há 14 anos a leitura matinal dessa coleção é minha terapia, meu apoio, minha vida.)
             
" Quanto mais simples, mais natural.
Quanto mais natural, mais perfeição.
Quanto mais perfeição, mais equilíbrio.
Quanto mais equilíbrio, mais bem-estar."


UNIVERSO EM DESENCANTO - vol." 152° Histórico" pág. 102
       
    2.  Tempo de esperas (Lançamento, Pe Fábio de Melo - leitura leve, agradável, reflexiva. Mais adequado ao meu momento atual, impossível)
  
 "Quero cumprir o mesmo processo dos jardins. Quero ressuscitar todo dia, assim como as sementes ressuscitam na terra. Mas ressurreição requer morte. A morte é inevitável para quem deseja florir-se no tempo certo. A simplicidade vegetal é uma forma aprimorada desse aprendizado.
A leveza é um dm. Aprecio os que sabem viver no pouco, os que viajam com poucas malas e os que descobriram que, ao contrário do que pensamos, as coisas não nos deixam mais ricos, apenas mais pesados."

TEMPO DE ESPERAS -  pág. 92

Curiosidades:

1.   Vídeo em homenagem à minha tia. Alguns meses antes de morrer, ela havia comentado comigo esse desejo. 





✿⊰  ઇઉ  ✿⊰  ઇઉ  ✿⊰  ઇઉ  ✿⊰  ઇઉ  ✿⊰  ઇઉ.... Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ ....✿⊰  ઇઉ  ✿⊰  ઇઉ  ✿⊰  ઇઉ  ✿⊰  ઇઉ 

Felicidade sólida e felicidade momentânea

“A felicidade que brilha no mundo, é uma felicidade sem base e a felicidade sem base sólida, deixa de ser felicidade e expõe os viventes à vida dos transes, procurando a felicidade sempre e quanto mais procuram, mais longe ela sempre se torna.

E outros, passando por momentos insignificantes, na esperança vaga de serem felizes, morrendo e ficando por alcançar a tal felicidade que no mundo é tão falada, mas que nunca foi encontrada, porque não há este no mundo que diga "-Eu sou feliz!"

Porque, quando está bem de um lado, está mal de outro, quando está satisfeito de um lado, malsatisfeito de outro e por isso, a tal felicidade nunca foi encontrada. Por quê? Porque o mundo é de lutas e onde há lutas, há sofrimento e não há felicidade. Uns, lutam pelos amores; outros, por negócios; outros, para melhorar de vida; outros, com doenças; outros, para vencerem seus ideais, na esperança disto, na esperança daquilo, na esperança de alcançarem o que desejam.

Enfim, a vida é de lutas e onde existem lutas não pode existir felicidade. Existe sim, o sofrimento e o sacrifício. Luta o rico, luta o pobre, todos lutam. Portanto, se a natureza não é feliz, não regula, como podem regular? Uma vez não sendo regulados, não são felizes.

O próprio tempo não regula, porque são filhos dessa natureza desregulada. Uma hora, frio demais, outra, frio irresistível, que castiga,maltrata e às vezes mata. Chuva, vento, enfim, expostos aí, à natureza, que não regula. Doenças de todas as formas e de todas as espécies.No meio de todos os precipícios, enfrentando todos esses perigos da vida e muitas vezes a ponto de quase perderem a vida.

Portanto, se são filhos de uma natureza que não regula, como os viventes podem ser felizes, se não regulam? A felicidade é uma palavra que só está no nome, arranjada para amansar e aliviar os que não conhecem a vida, como quem diz: "-Façam isto, para verem se são felizes". E sempre procurando a felicidade e nunca encontrando.

A mãe, que felicidade pode ter, sempre preocupada com os seus filhos? O pai,que felicidade pode ter, preocupado da mesma forma? E por estarem preocupados, se maldizem, sofrem, lutam e enfrentam todas as dificuldades: sol, chuva, sereno, uma infinidade de preocupações. Isto é para vos provar que a felicidade sempre ficou na esperança e por isso, aí está a vida de aventuras, na incerteza de tudo e de si mesmo.

Que é da felicidade? Onde está ela? Só com a IMUNIZAÇÃO RACIONAL ela pode ser alcançada, porque provo que o vivente imunizado é um vivente feliz, é um vivente que está sempre certo em tudo e onde está o certo, está aí a felicidade. O que está certo vive certo e não na incerteza como todos vivem.”

Universo em Desencanto – 1º vol. Obra

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Carta à minha alma

 
 
Minha desconhecida
Nós vivemos
num mundo tão pequeno para nós,
tão juntos - e ainda não nos conhecemos.
 
Você não sabe ainda a cor dos meus olhos,
nem a inflexão da minha voz, nem o humano calor
das minhas pobres mãos de barro,
nem o perfume azul do meu cigarro...
 
Eu ainda não sei a altura do seu céu,
nem o voo levíssimo do véu
dos seus sonhos e dos seus dedos,
nem o nível dos seus folguedos,
nem o fundo dos seus segredos...
 
No entanto, um mesmo teto abençoa e agasalha nossas vidas alheias
(como é um mesmo o que abriga o crente e a santa):
moramos paredes-meias,
como o homem triste que trabalha
e a menina boêmia que canta...
 
Nós somos dois anônimos vizinhos.
E, para sermos "dois" no mundo, para
sermos assim sozinhos,
entre a nossa recíproca ignorância,
entre nós dois, há apenas a distância
da parede comum que nos separa.
 
Ela chama-se "Vida".
Só ela nos divide - a opaca intrometida.
Contra essa intrusa, para disfarçá-la
eu, daqui do meu lado, ao longo desta sala,
estendi numa longa, longa estante
toda uma biblioteca anestesiante.
 
Do seu lado, ela deve estar vestida
com um xale de cachemira sobre o qual ressona o oco de uma guitarra adormecida, e fenece um retrato íntimo e antigo, a lápis, com uma florzinha pálida dos Alpes
esmigalhada no cristal...
 
Assim tão juntos nós vivemos
e infelizmente nem sequer nos conhecemos.
 
Hoje, não sei por que, tive vontade de escrever para você,
de perguntar baixinho ao seu ouvido:
- Diga! para que nós nos encontremos
será preciso, então, que algum ciclone se abata sobre nós e desmorone a parede comum que nos separa: a Vida?
 
Ou - o que para mim será mais morte ainda - minha linha imortal, minha alma linda, será que alguma vez nós já nos encontramos e, sem nos ver, sem nos reconhecer, passamos?...
 
Guilherme de Almeida

terça-feira, 17 de maio de 2011

A força do trabalho voluntário



Boa noite amigos.

Esse post é sobre algo muito importante em minha vida, o voluntariado. Há cerca de uma ano e meio sou voluntária na Junior Achievement http://www.jabrasil.org.br/ja/,ONG voltada para a educação mantida pela iniciativa privada, cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, estimulando o seu desenvolvimento pessoal, proporcionando uma visão clara do mundo dos negócios e facilitando o acesso ao mercado de trabalho. São vários projetos que vão desde o ensino fundamental ao ensino médio. O projeto no qual participo é o "Miniempresa", programa em que alunos do 2º e 3º anos do ensino médio tem que criar e manter uma empresa em todos os aspectos, desde a venda de ações para captação de recursos, pesquisa de mercado para escolha de um produto, sua produção, venda, custos operacionais (incluindo impostos) e organização de uma estrutura administrativa. São 15 encontros, uma vez por semana, durante um semestre.

Sempre tive vontade de fazer isso, doar um pouco do meu tempo, conseguir colocar em prática ações que gerem um ambiente saudável, próspero, agindo por um mundo melhor. Desde criança, nascida em uma família cristã, sempre li e admirei os textos descritos no Evangelho sobre a importância da caridade e do amor ao próximo. Além disso, sempre tive ótimos exemplos dessa doação em minha casa. Por isso, confesso que quando li o 1º volume da Obra Universo em Desencanto achei o livro distante e alienado sobre o assunto. Afinal, não havia visto nenhum parágrafo que enfatizasse sobre a importância da caridade...sem falar da "insuportável repetição" de "racional, racional, racional, argh! " hehe. Mas como paciência e persistência são a base fundamental para a compreensão desse raro conhecimento, posteriormente, pude compreender a clara diferença entre caridade e solidariedade. Sim, porque a caridade é algo belo, mas momentâneo e ineficiente. Doar um bem material é um gesto cristão sim, prova de desprendimento. Mas dedicar tempo e conhecimento à essa matéria-prima é criar estruturas que suportem e gerem a continuidade do caminho do bem. Por isso, compreendi que o primeiro passo para a minha caminhada solidária era começar por ajudar a mim mesma. Sim! Por que como eu poderia doar aos outros o que eu tinha de bom, se nem ao menos eu tinha o controle emocional sobre mim mesma? Como ser caridosa, estando perdida em minhas próprias frustrações e inconsciência? A descoberta da Imunização Racional, o meu auto conhecimento foi o primeiro passo e hoje, 14 anos após a escolha dessa desafio, posso comprovar que sobre bases sólidas, a solidariedade é a comunhão do Plano Divino em nossa existência.

Para finalizar, deixo a seguir a cópia do discurso que fui convidada a fazer para a formatura dos alunos do projeto no final do ano passado. Espero que lhes ajudem a compreender e compartilhar sobre a força desse sentimento.

Bons fluidos, fiquemos sempre com Deus!


"Boa noite a todos. Uma ótima noite.


Primeiramente, gostaria de agradecer a oportunidade de nos reunirmos para celebrar o fruto do bom trabalho.


Sim, porque é isso que esse projeto representa: direção, conhecimento. Coragem, apoio e vivência. E todos que estão aqui, de alguma forma, enxergam esses valores e não tiveram medo de investir no amanhã, realizando no presente.


Portanto, peço uma salva de palmas para todos: jovens empreendedores, pais, amigos, coordenadores, empresários e voluntários. E sabem por quê? Porque aqui, ao longo dessas 15 jornadas, foi plantado o bem. 


E toda vez que o bem é realizado nesse nosso mundo de tantas dificuldades e tristezas, o universo se fortalece com a Luz de Deus e essa força nos alimenta nos fazendo crescer tanto, tanto... Que podemos chegar ao céu sem tirar os pés do chão. Estranho não? Mas é assim. Exatamente assim.


Por isso, eu e meus colegas voluntários aceitamos essa missão. Encarar uma sala de aula, a dúvida, o desânimo, as incertezas que novas experiências trazem. E o desafio de criar praticando, não dando o peixe, mas ensinado a pescar.


E olha que não é fácil. Porque estamos habituados a nos acomodar, a fazer o mínimo. E muitas vezes nem isso... E o pior, sempre pensamos que estamos fazendo “muito”. Que a nossa parte está completa. E com isso, com essa mentalidade, esse pensamento medíocre vai acumulando prejuízos e resultados negativos ao longo da vida, vendendo o nosso tempo a preço de banana. E quando formos fazer um balanço da nossa empresa chamada vida, nos decepcionamos com as contas que não fecham. A ação investida tá lá embaixo... 
Difícil achar quem queira dar uma simples moedinha para ajudar. E aí, não tem como voltar atrás. Já passou, foi. O futuro se realiza no hoje, no agora. Por isso, vamos investir nas ações certas. Agindo, criando, não tendo medo, persistindo. Isso é empreender.


Ser voluntário é trocar tempo por experiência.
É dar atenção e receber gratidão.
É encarar dificuldades e não desistir da luta.
É ser diferentes e com isso, fazer um mundo diferente.
É acreditar e realizar.
É acumular riquezas, ficar milionário, e não precisar de cofres.
Porque alegria não se tranca, compartilha.
Amor não se oculta, se distribui.
Solidariedade não é luxo, é necessidade.
E experiência de vida ninguém rouba nem sequestra.
É verdade. É um patrimônio que tem seguro absoluto.
Está guardado por Deus.


Gente, ser voluntário é ser rico de 1º linha. Alta sociedade. Classe A. “A-A-A” – amor- afinidade e alegria. “Chique no úrtimo.” E para entrar nessa alta sociedade não é difícil não. Para subir na vida é fácil, é só falar com a Sandra (diretora executiva da ONG no MT- adesão de novos voluntários), viu gente?


Amigos, para finalizar, gostaria de deixar uma reflexão. É de um livro muito, muito importante na minha vida. 


Nele, tem um trecho que diz o seguinte:


“Quem tem valor, que prova o seu valor e que comprova o seu valor, não pode ser igual àquele que não tem valor algum.


Não passou de uma máquina de trabalho.


Resumiu a vida, uma máquina de trabalho.


Mas tem pessoas que produzem aquilo que o ser humano não produz.


Não pode se igualar com aquele que nada produz.


Para conhecer o valor do outro é preciso que conheça o que produziu.


E assim é a vida, o valor não está no ter muito dinheiro, porque se tem muito dinheiro, é de sua propriedade. 


O valor está nisso ou naquilo que beneficia a humanidade.”


Portanto, vamos aprender a investir melhor o nosso tempo, a empreender melhor as nossas ações, a acumular riquezas verdadeiras. Porque assim, somente assim, construímos o caminho da felicidade.


Muito obrigada."


Adivinhem qual livro é esse cujo texto usei no discurso e inspirou-me ?

Lógico, Universo em Desencanto, 14º volume da Réplica... nada como a paciência e a persistência.


Fotos do projeto:

 
Linha de produção na sala de aula.

Feira para venda dos produtos.

Noções de marketing, comunicação, negociação.






 Formatura.


Para finalizar, transcrição de um texto do jornalista Gilberto Dimenstein escrito especialmente para p livreto do CD ao vivo "Amigo" de Milton Nascimento. Impossível não refletir.

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Sentados à beira do rio, dois pescadores seguram suas varas à espera de um peixe. De repente, gritos de crianças trincam o silêncio. Assustam-se. Olham para frente, olham para trás. Nada. Os berros continuam e vêm de onde menos esperam.

A correnteza trazia duas crianças, pedindo socorro. Os pescadores pulam na água. Mal conseguem salvá-las com muito esforço, eles ouvem mais berros e notam mais quatro crianças debatendo-se na água. Desta vez, apenas duas são resgatadas. Aturdidos, os dois ouvem uma gritaria ainda maior. Dessa vez, oito seres vivos vindo correnteza abaixo.

Um dos pescadores vira as costas ao rio e começa a ir embora. O amigo exclama:

- Você está louco, não vai ajudar?

Sem deter o passo ele responde:

- Faça o que puder. Vou tentar descobrir quem está jogando as crianças no rio.

Essa antiga lenda indiana retrata como nos sentimos no Brasil. Temos poucos braços para tantos afogados. Mal salvamos um, vários descem rio abaixo, numa corrente incessante de apelos e mãos estendidas. Somos obrigados a cair na água e, ao mesmo tempo, sair à procura de quem joga as crianças.

Incrível como os homens às margens do rio conseguem conviver com os berros. E até dormir sem sobressaltos. É como se não ouvissem. Se o pior cego é aquele que não quer ver, o pior surdo é aquele que não quer escutar.

Descobrimos que os responsáveis pelos afogados não estão escondidos rio acima. Estão do nosso lado - e, muitas vezes, somos nós mesmos. São os afogados morais, gente que não conhece o prazer infinito da solidariedade. Não conhece o encanto de estender poucos centímetros de braço e encostar os dedos nas estrelas.

Tão fácil agarrar uma estrela, refletida no brilho de quem salvamos por falta de ar.

Veio da Índia a frase do célebre poeta Rabindranath Tagore sobre por que existiam as crianças. "São a eterna esperança de Deus nos homens".

É preciso mesmo infinita paciência, renovada a cada nascimento, para que se possa conviver com a apatia cúmplice. Por sorte temos pescadores que, dia após dia, mostram como as crianças sobrevivem nos homens. E como é doloroso o parto de um homem precoce no corpo de um menino.

A voz de Milton é a própria síntese do menino perdido no adulto; e do adulto perdido no menino. É a síntese de quem se viu obrigado a pular na água para pescar a si mesmo. E nunca se esqueceu e, por isso, não consegue tirar de seus ouvidos a sensação de que crianças na água pedindo socorro, são a última voz de quem quase nunca tem voz.

Gilberto Dimenstein
 

domingo, 15 de maio de 2011

Brilhar


~~~ Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados.

Nosso medo mais profundos é que somos poderosos além de qualquer medida.

É a nossa Luz, e não as nossas trevas, que nos apavora.

Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso, fabuloso?

Na realidade, quem é você para não ser?

Você é filho do Universo.
Se fazer pequeno não ajuda o mundo.

Não há iluminação em se encolher,
para que os outros não se sintam inseguros quando estão perto de você.

Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós.

Ela não está apenas em um de nós, mas em todos nós.

E conforme deixamos a nossa Luz brilhar, damos inconscientemente permissão
para a os outros fazerem o mesmo.

E conforme nos libertamos do nosso medo,
nossa presença automaticamente libera os outros.~~~

Nelson Mandela

domingo, 3 de abril de 2011

Paz+Ciência = * p.a.c.i.ê.n.c.i.a*



"O paciente vence todos os obstáculos da vida, porquê tem o poder de raciocinar. E raciocinando, tem a natureza em seu favor"

Universo em Desencanto - 300º Histórico - pág 26

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011


Quem sou eu

Minha foto
Curiosa, desde pequena sempre quis saber quem sou de verdade. O fim do arco-íris no fundo de meus olhos... E encontrei! Estou em pleno processo de emancipação, aprendendo a voar ainda que em um corpo perene. Estudante da Cultura Racional e dos livros Universo em Desencanto desde 1995. DESENVOLVENDO O RACIOCÍNIO. Em ponto de ebulição e sublimação!! Sorrir gratuitamente é puro prazer... Salve :D
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