És uma força poderosa e nobre,
silenciosa, tranquila e afável.
… E tu não sabes!
És a causa do sol, da lua, das estrelas, da água, da terra fecunda que tudo acolhe.
… E tu não sabes!
Embora tudo isso ignores,
trazes em ti a verdade,
trazes em ti todas as respostas,
que tu e toda humanidade,
em lutas vãs, procuram encontrar.
… E tu não sabes!
És eterno e a eternidade teces,
sem te aperceber que na vida tu passas.
… E tu não sabes!
És um ponto de luz no universo…
… E tu não sabes!
Mas, por desconhecer a ti mesmo,
tu te vestes da forma que não és:
agressivo, violento, ambicioso, insensível.
… E tu não sabes!
Tua impaciência, tua vaidade, teu orgulho, tua prosa,
há muito já não te convencem.
E teu íntimo insatisfeito chora:
“Eu não sou assim!”
Mas, há de chegar um dia ao seu limite,
quando, no ápice da dor, tudo tiver falido
e nada mais te restar, senão, a ti mesmo!
Aí te lembrarás de ti mesmo e te ouvirás:
“Não sou assim, sou um corpo de luz dentro de mim!”
… E tu não sabes!
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“QUEM ÉS TU, QUE A ILUSÃO É TANTA, INCAPAZ DE DEFINIR O TEU EU?” (Universo em Desencanto)