quinta-feira, 12 de julho de 2007

VIDA E RESPEITO


Um pai, uma mãe, não fica satisfeito, nem pode ficar satisfeito com a destruição de seus filhos. Assim é quem fez as suas vidas e a vida de todos. Tem o mesmo sentimento. Sim, porque teve trabalho de organizar essa máquina, fazer essa máquina,gerar essa máquina,criar essa máquina, fazer tudo quanto é de alimento, criar os alimentos,gerar os alimentos para alimentar essa máquina com vida e
vir outro destruir a vida dessa máquina.

Quem fez tudo isso, pode ficar satisfeito? Não pode ficar satisfeito. Então, você vai destruir aquilo que não é seu, aquilo que você não gerou, aquilo que você não mantêm? Então, você vai destruir aquilo que não é seu? O dono que tudo isso fez e que mantém todos de tudo, vai ficar satisfeito? Não pode ficar satisfeito.O resultado: vão criando dívidas com o dono de todos esses feitos e de todas essas vidas. Que organizou todas essas máquinas com o maior carinho, com o maior amor, teve trabalho para fazer.
Aprontou, gerou,criou,desenvolveu, fez todos os alimentos para alimentar essas máquinas de tudo, entãoo dono vai ficar satisfeito em você destruir aquilo que você não fez? O que acontece? Passa a dever ao dono. E que dívida! Dívida gravíssima,porque o mesmo sentimento que você tem em ver destruir os seus,o mesmo se dá com você, de sua revolta, se dá a mesma coisa com o dono que tudo isso fez,gerou,crioue todoalimento para manter todos. (...)
Porque não se deva fazer a ninguém aquilo que não se quer para si.
E a vida humana deva ser a coisa de maior respeito, para não faltar com o respeito a quem fez a vida humana,ao dono da vida humana,a quem fez e organizou esta máquina tão preciosa, tão bem feita, que ninguém, mas ninguém mesmo poderia fazer igual e o dono de todas essas máquinas, de todos esses feitos e de quem te mantém e mantém todos, deva ser digno do maior respeito dos respeitos. (...)
Que se a vida humana aí está feita é porque tem quem a fez e todo o alimento para manter essa máquina e todas as máquinas. Mas a loucura assoberbou muitos de uma tal maneira, que passaram a encarar a vida humana como uma coisa sem o mínimo valor. (...) Tudo isto, devido a decomposição da deformação, por o deformado não saber o porquê que ele é assim, não saber o porquê tem vida assim e não saber o porquê o porquê a vida se constituiu assim. (...)

Vivendo por ter vida, sem saber o porquê da vida. (...)
E desta forma, a vida, por ser tão sofrida, passou a não ter valor. E por não ter valor, passou a ser destruída por meros motivos que aparentemente parecem de muita importância e verdadeiramente sem nenhuma importância, porque a coisa mais importante é a vida.”
UNIVERSO EM DESENCANTO – 9º Histórico – págs. 22 a 28

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Quem sou eu

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Curiosa, desde pequena sempre quis saber quem sou de verdade. O fim do arco-íris no fundo de meus olhos... E encontrei! Estou em pleno processo de emancipação, aprendendo a voar ainda que em um corpo perene. Estudante da Cultura Racional e dos livros Universo em Desencanto desde 1995. DESENVOLVENDO O RACIOCÍNIO. Em ponto de ebulição e sublimação!! Sorrir gratuitamente é puro prazer... Salve :D
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